sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mesa redonda na UFLA discutiu questões relacionadas às pessoas com deficiência!!!

Por: Débora Rossini

Oooooooooopaaaa!!!!! :-) Lembra da mesa-redonda que foi anunciada na postagem do dia 02/06/2011 - e que foi realizada na última quarta-feira (8 de junho de 2011)? Pois é, ela foi um sucesso!!!

Dentre o que foi discutido e abordado - tanto pelos palestrantes quanto pela plateia no momento destinado a comentários e discussões- , vários apontamentos não devem ser esquecidos:



  • Quem deve participar de elaboração de soluções para atendimento às pessoas com deficiência? Oras, não se deve cair naquela velha fórmula paternalista na qual as pessoas "ditas normais" é que devem encontrar soluções para os "deficientes"!!!!! Na verdade, TODOS JUNTOS devem participar!!! As pessoas com deficiência é que devem explicar e nortear os "não-deficientes" como é que elas querem - e precisam!- ser tratadas, ser atendidas, quais são suas necessidades no dia-a-dia, no trabalho, na vida escolar, etc. (Cá pra nós, leitor do "Sopa": é claro que há algumas exceções óbvias para tal regra: tratam-se daquelas situações na qual o deficiente ainda é uma criança pequena -que ainda depende de a família responder por ela... - ou então quando é uma pessoa com limitações cognitivas que não lhe permitam fazer escolhas, ou responder por seus atos. Mas aí já é outra situação, não é verdade?)



  • Seria importante que todos os cursos universitários tivessem em suas grades obrigatórias matérias relacionadas à inclusão e acessibilidade! Nas licenciaturas é de extrema importância - pois os futuros professores , em um dado momento, deparar-se-ão com estudantes com necessidades especiais ...e a lei exige que os professores estejam capacitados para atender ao direito de toda e qualquer pessoa estudar - seja ela com deficiência ou não!!!). E nos bacharelados, também é de extrema importância. Sabe por que? Oras, tem aí a lei de vagas reservadas para pessoas com deficiência no mercado de trabalho!!! Assim sendo, é fundamental que todos os egressos de um bacharelado saibam como lidar com uma pessoa deficiente no trabalho!!! Seja auxiliando-a em tarefas (uma vez que uma pessoa com deficiência e outra sem podem ser colegas); seja entendendo como é o modo peculiar de tal pessoa desempenhar tarefas e de explorar suas potencialidades... Dessa forma, será um grande passo para erradicar a discriminação (velada ou não) no ambiente corporativo!!!! Se as pessoas de uma dada organização - especialmente os consultores de RH!- estiverem devidamente capacitados para lidar com tal situação, certamente as pessoas com necessidades especiais poderão mostrar que têm seu talento para "somar forças" a uma dada empresa ou organização, seja ela privada ou pública! ;-)

(Cá pra nós aqui,leitor do "Sopa": além do que foi dito acima sobre os egressos de cursos de bacharelado, há ainda um caso bem interessante: trata-se dos bachareis que decidem seguir carreira acadêmica e, além de pesquisadores, tornam-se professores no ensino superior. Assim sendo, a qualquer momento eles poderão se deparar com estudantes com necessidades especiais na universidade, não é? E a lei da educação inclusiva ampara também os estudantes de cursos superiores! Então...?! Viu a importância de os bachareis terem também disciplinas sobre o tema das pessoas com deficiência em suas grades curriculares? Pois é! )



  • Outra coisa que foi falada na mesa-redonda e que não pode ser esquecida: a questão da capacitação de professores para lidar com alunos com necessidades especiais e seus verdadeiros objetivos. Como assim? Oras, tem muito educador que participa de tais cursos de capacitação, mas tem tendência a esperar que saia do curso com uma "fórmula", uma "receita", um "algoritmo" para lidar com tais estudantes!!!! :-O

Bom, fica bem claro que fórmula pronta não tem não... (risos)!!! Calma, leitor... não é para desanimar não!!! Relaxe: está-se apenas querendo mostrar que tais cursos têm o objetivo de serem NORTEADORES para como lidar com tais estudantes. Agora, COMO é o jeito mais adequado de lidar com eles... bom, vai depender de CADA estudante! ;-) Cada um tem suas especificidades, limitações e habilidades - e , portanto, deve-se considerar a situação do(s) estudante(s) ali em questão, para então conseguir perceber qual a melhor forma de trabalhar com ele(s)!!!

Só para ajudar no esclarecimento aqui: sabe-se que, mesmo entre pessoas com deficiência de uma mesma categoria, há diversidade entre elas! Por exemplo: deficiência visual. Tem gente que enxerga pouco, tem gente que não enxerga nada, tem gente que já nasceu assim, tem gente que perdeu a visão ao longo da vida, tem gente que tem uma estrutura psicológica melhor para lidar com isso do que outra, tem gente que lê Braille, tem gente que prefere áudio, tem gente que consegue ler caracteres ampliados, tem gente que só usa a visão residual (caso haja) sob luminosidade intensa enquanto há outros que apresentam fotofobia (incômodo com luzes fortes), etc... Viu só? O mesmo ocorre entre pessoas com deficiência auditiva, com deficiência motora, entre outras.

Então, leitor...? Uma coisa é certa : mesmo com toda esta diversidade de necessidades apresentadas pelas pessoas com deficiência, tem algo em comum que TODAS querem: é o respeito, é a valorização de suas habilidades e compreensão de suas limitações, é a inclusão verdadeira dessas pessoas na vida social , é o direito de ter participação social... enfim, de ser valorizada como ser humano!!! Manjou? ;-)

Bom, o post de hoje fica por aqui... ah, e para quem quer saber mais detalhes sobre como foi o evento, veja na página da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Lavras (UFLA):

Boa leitura! :-)

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