domingo, 19 de dezembro de 2010

Braille Virtual: um software bastante útil para quem enxerga, mas trabalha com deficientes visuais!

Uma das grandes barreiras entre a comunicação escrita de deficientes visuais (DVs) e de pessoas normovisuais é o fato de as letras do alfabeto Braille apresentarem diferenças de formato, se comparadas às letras do alfabeto convencional para normovisuais. Dessa forma, muitas vezes, quando um professor possui um aluno com deficiência visual, torna-se difícil a avaliação de atividades escritas feitas por esse aluno - já que o professor, na esmagadora maioria das vezes, não compreende o que o estudante em questão escreve. A mesma coisa ocorre quando os pais de um estudante deficiente visual têm a intenção de auxiliá-los nas tarefas escolares (tais como deveres de casa e preparação para provas) : como eles vão ajudar seus filhos adequadamente, se o sistema de leitura e escrita dos filhos difere daquele comumente usado pelos pais (isto é, se os pais não forem deficientes visuais)?
Resumindo: pelo fato de as pessoas normovisuais ao redor de um deficiente visual não conhecerem o alfabeto Braille, há uma dificuldade na troca de materiais escritos entre o DV e as pessoas de sua convivência.
Pensando nessa problemática, uma equipe de professores da USP desenvolveu o Projeto "Braille Virtual".

O que é o projeto Braille Virtual?
É um projeto desenvolvido por uma equipe de professores da Faculdade de Educação da USP, com a finalidade de disseminar o Braille para pessoas que... ENXERGAM! Isso mesmo: para afastar aquela ideia de que o "Braille é algo difícil e inacessível", e facilitar a comunicação escrita entre deficientes visuais e normovisuais, à medida em que mais pessoas de visão normal conheçam a técnica!
O projeto consiste em um curso de Braille online, com recursos de animação digital para que pais, professores e amigos de deficientes visuais aprendam o Braille de forma prazerosa.
Conforme texto no site do projeto, "as pessoas que vêem não precisam do tato para ler em Braille. Com o aprendizado do sistema composto por 63 símbolos formados pela combinação de seis pontos em uma célula, o indivíduo que vê pode ler textos em Braille apenas substituindo as letras comuns pela nova simbologia". [1]
O curso é livre e não oferece certificado. Mas é de grande utilidade para as pessoas que convivem com deficientes visuais - ou que desejam aprender, para a eventualidade de um dia conviverem com um deles! :-)

Como começou esse curso?
No início dos anos 2000, a professora Nely Garcia, da USP, percebeu que pouquíssimas pessoas normovisuais conheciam o Braille, ao fazer um trabalho de consultoria para o MEC. Sendo assim, ela acabou por constatar que esse fator iria prejudicar- e muito! - o aprendizado de crianças com deficiência visual. Como, por exemplo, um professor iria corrigir um trabalho escolar de um aluno cego - como uma redação, por exemplo? Nós, licenciandos em matemática, pensaríamos, de maneira análoga: "em um exercício escrito, no qual o professor necessita ler e acompanhar o raciocínio do aluno - bem como o emprego da simbologia correta em um exercício de matemática-simplesmente não teria como o professor atender adequadamente a esse aluno!" Ou seja: se os normovisuais dominassem o sistema Braille, certamente não haveria esse problema...
Sendo assim, a professora continuou trabalhando em suas pesquisas, e , assim, surgiu o software Vide Braille I, que tinha por finalidade ensinar o Braille por meios visuais, com animações virtuais, para que as pessoas que enxergam pudessem aprender Braille. Entretanto, o programa acabou por permanecer desconhecido, pelo fato de as estratégias para divulgação não terem sido eficientes.
No entanto, em 2004, foi criado o Braille Virtual, que foi disseminado através da Internet. Veja o site do Braille Virtual no fim desta postagem! :-) A professora criadora do projeto afirma, em depoimento dado no site da USP [2] , que "hoje, ouvem-se muitos professores que não necesitam mais de terceiros para fazer a transcrição [do alfabeto Braille para o convencional]".
Conforme podemos ver no site da USP ,

"O Braille Virtual foi lançado em 2004 e não contou com nenhuma estratégia formal de divulgação. A existência do site foi repassada entre os interessados via boca-a-boca. Ainda assim, logo nos primeiros meses se pôde perceber um boom nos acessos à página. Já em janeiro de 2005, quando o site do Braille Virtual contava pouco mais de quatro meses, o número de visitas era superior a 15 mil. Hoje, são mais de 320 mil visitantes e uma distribuição de cópias do software que supera o 1,2 milhão.
“O mundo todo está ampliando o acesso ao programa”, conta a professora Tizuko Morchida Kishimoto, também responsável pelo Braille Virtual. Há referências ao Braille Virtual em páginas de empresas e instituições governamentais de diferentes países, sem contar um posicionamento em todas as regiões do Brasil. A adaptação do programa aos idiomas inglês e espanhol levou o Braille Virtual a ser significativamente acessado nos continentes norte-americano e europeu.
Com isso, os depoimentos elogiosos e experiências positivas com o programa se criam em escala exponencial. Os relatos que chegam à equipe da FE trazem frases como “o curso veio de encontro à minha necessidade como educadora”, “nós que temos familiares com deficiência visual sabemos da importância desse trabalho”, e “sou cega e gostaria de parabenizar todos os envolvidos na realização do projeto. Iniciativas como esta são fundamentais se queremos uma sociedade mais inclusiva”.
A diversidade dos elogios reflete a variabilidade do público que chega ao site. Familiares de cegos,
educadores, “curiosos”, militantes – embora de diferentes vertentes, pessoas que acreditam na inclusão dos cegos e que também apostam na tecnologia como uma ferramenta eficaz para superar as barreiras costumeiras. Barreiras como a da distância, posta abaixo pela união entre um sistema bem desenvolvido e a disposição de pessoas como o professor Everton Vasconcelos, do interior do Rio Grande do Sul. “Ainda que eu não tenha contato direto com pessoas cegas, acredito que diminuir preconceitos é tarefa de todo educador. Por isso utilizei o Braille Virtual com os meus alunos, e afirmo que todos os professores deviam adotar práticas semelhantes”. [2]

Referências
[1]http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html
[2]http://www4.usp.br/index.php/educacao/17549-numeros-e-depoimentos-positivos-atestam-sucesso-do-projeto-braille-virtual

sábado, 18 de dezembro de 2010

Novidades!!!

Olá, leitores do "Sopa"!!! Se você navegar com atenção, verá que ampliamos nossa lista de sugestões de blogs/sites interessantes. Navegando na internet, encontramos mais dois blogs legais sobre Deficiência Visual: "Deficiência e Inclusão Social" e "Deficiência Visual e Educação". Ambos são escritos por uma mesma pessoa, que é a pedagoga Célia, que possui habilitação na área de Deficiência Visual. Conforme ela escreveu em seu perfil, ela trabalha em sala de recursos, com apoio pedagógico a esse público-alvo.
Ficou curioso(a)? Dê uma conferida neles!!! :-)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dia Nacional do Deficiente Visual: 13 de dezembro

Para quem não sabe, o dia 13 de dezembro é o Dia Nacional do Deficiente Visual. E nós, da equipe do "Sopa", não poderíamos deixar a data passar em branco de jeito nenhum, não é verdade? :-)

Aposto que você, leitor assíduo do "Sopa", já sabe algumas coisas acerca dos deficientes visuais no que se refere à educação destas. Bom ,mas e quanto a outros aspectos - tais como a locomoção destas e o espaço destas na sociedade? A equipe do Fantástico, da Rede Globo, também se lembrou da data na edição de ontem, ao exibir a reportagem sobre o "boné inteligente" que ajuda os cegos a desviarem de obstáculos na rua (disponível no site [4] no final do post). Para quem não sabe, os deficientes visuais , para se locomoverem, normalmente utilizam-se de um objeto conhecido como "bengala longa". É o método mais comum de locomoção utilizado por deficientes visuais (devido ao seu custo menor, em comparação a outros) ; no entanto, não é o mais eficiente (porque ele só indica obstáculos da cintura da pessoa para baixo. Sendo assim, nem sempre obstáculos altos, como orelhões, topos de abrigos de ônibus (caso a pessoa seja alta),lixeiras, etc são detectados - o que pode provocar acidentes.
















Cego usando bengala-longa. (Crédito da imagem: [I])


Existe também a locomoção auxiliada por cão-guia. No entanto, no Brasil,é difícil conseguir um cão-guia gratuitamente (tem uma longa fila de espera para adquirir cães que, muitas vezes, são treinados por profissionais especializados, no exterior). Além disso, os bichinhos geram bastantes despesas, tais como alimentação adequada, veterinário, etc - o que dificulta a manutenção por pessoas de menor poder aquisitivo [1].













Mulher cega com cão-guia. (Crédito da imagem: [II])



No caso do dispositivo eletrônico mostrado pelo Fantástico, na edição de 12/12/2010, ele é inspirado no sistema que os morcegos (animais quase cegos) utilizam para se mover.


Como tratar deficientes visuais corretamente?

Seguem-se abaixo algumas dicas úteis, para uma hipotética situação na qual você esteja lado a lado com uma pessoa deficiente visual:

"Ofereça sua ajuda sempre que um(a) cego(a) parecer necessitar. Mas não ajude sem que ele(a) concorde";











Peraí!!! Primeiro pergunte se o cego quer ajuda!!! (Crédito da imagem: [III])



"Sempre pergunte antes de agir. Se você não souber em que e como ajudar, peça explicações de como fazê-lo;
Para guiar uma pessoa cega, ela deve segurar-lhe pelo braço, de preferência no cotovelo ou no ombro. Não a pegue pelo braço: além de perigoso, isso pode assustá-la. À medida que encontrar degraus, meios fios e outros obstáculos, vá orientando-a. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado a lado, ponha seu braço para trás de modo que a pessoa cega possa lhe seguir";










Crédito da imagem: [IV]


Ao sair de uma sala, informe o(a) cego(a); é desagradável para qualquer pessoa falar para o vazio. Não evite palavras como "cego", "olhar" ou "ver", os(as) cegos(as) também as usam;
Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível. Não se esqueça de indicar os obstáculos que existem no caminho que ela vai seguir. Como algumas pessoas cegas não têm memória visual, não se esqueça de indicar as distâncias em metros (por exemplo: "uns vinte metros para a frente"). Mas se você não sabe corretamente como direcionar uma pessoa cega, diga algo como "eu gostaria de lhe ajudar, mas como é que devo descrever as coisas?", ele(a) lhe dirá;
Ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira, guie a sua mão para o encosto da cadeira, e informe se a cadeira tem braços ou não;
Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços;
Uma pessoa cega é como você, só que não enxerga; trate-a com o mesmo respeito que você trata uma pessoa que enxerga;
Quando você tiver em contato social ou trabalhando com pessoas com deficiência visual, não pense que a cegueira possa vir a ser problema e, por isso, nunca as exclua de participar plenamente, nem procure minimizar tal participação. Deixe que decidam como participar. Proporcione à pessoa cega a chance de ter sucesso ou de falhar, tal como qualquer outra pessoa;
Quando são pessoas com visão subnormal (alguém com sérias dificuldades visuais), proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhe se precisa de ajuda, quando notar que ela está em dificuldade".
(Fonte: [3])


Bom, e quanto à história da vida dos cegos na sociedade? Sera´que eles sempre foram tratados da mesma forma, desde a antiguidade até os dias de hoje?












Crédito da imagem: [V]



Na antiguidade, pessoas com algum tipo de deficiência – entre eles, os cegos- eram consideradas “aberrações”, “anormais”, e, por isso, eram excluídas da sociedade, sendo abandonadas ou até mesmo eliminadas. Esse pensamento, que é considerado absurdo nos dias de hoje, infelizmente era normal e natural naquela época!!! :-( Quando veio a época da Idade Média, no qual a Igreja Católica mostrava todo o seu poder, essas pessoas passaram a serem vistas como “coitadinhas”, “indefesas”, que precisavam de proteção. “Justificava-se a deficiência como expiação de pecados ou como passaporte indispensável ao reino dos céus” [2] .











Crédito:[VI]



Foi quando começaram a surgir os asilos e instituições de caridade, nas quais essas pessoas eram alocadas.
Na época da Revolução Francesa, entretanto, esse quadro começou a mudar (ainda bem!!!) Entre seus ideais, pregava-se o direito das minorias de ter participação na sociedade.
“Nesta historicidade, destacaram-se pessoas cegas com suas expressivas contribuições nas diferentes áreas do conhecimento, revelando o ilimitado potencial humano de pessoas como:
-Homero: teria sido responsável pelo registro de fatos sociais que possibilitaram o levantamento da história de um povo;
-Didymus de Alexandria (Século IV d.c.) – Professor de filosofia, teológia, geometria e astronomia;
-Nicolas Sauderson (1682-1739) – um dos mais renomados cientistas cegos. Matemático, foi professor de Cambridge e membro da Royal Society;
-John Gough – biólogo inglês, especialista na classificação de animais e plantas;
-Leonardo Euler – matemático, duas vezes premiado pela Academia de Ciências de Paris;
Fracois Huber (Século XVIII) – zoólogo inglês, tido como a autoridade sobre o comportamento das abelhas” (Fonte: [2]) “

No que se refere à educação de cegos, o marco inicial foi o século XVI.
Em 1784 surge em Paris, criada por Valentin Huy, a primeira escola para cegos: o Instituto Real dos Jovens Cegos. Nela era adotado um sistema de leitura em alto–relevo com letras em caracteres comuns.

No século XIX, um novo sistema com caracteres em relevo para escrita e leitura de cegos é desenvolvido e proposto por Louis Braille, que também era deficiente visual. Dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem de pessoas com deficiência visual vai mostrando sinais de desenvolvimento, permitindo-lhes maior integração na sociedade.

No século XVII e XIX,começaram a ser desenvolvidos estudos sobre as deficiências, do ponto de vista médico- clínico. No caso da deficiência visual, concluiu-se, através de estudos e pesquisas, que existem muitas doenças com patologia ocular -que aos poucos vai diminuindo a sua visão, dificultando desta forma a aprendizagem de um indivíduo.

Assim, as novas técnicas e métodos para ensinar pessoas com deficiência visual foram ganhando credibilidade. Aos poucos, a sociedade foi percebendo que as pessoas cegas também são capazes como as normo-visuais - apenas necessitam de metodologias adequadas às suas capacidades sensoriais e habilidades!










Crédito: [VII]



No século XIX, essas técnicas chegaram ao Brasil:

"-1854: Criação do Instituto Imperial dos Meninos Cegos, que era um colégio para pessoas cegas. (Atualmente, ele possui outro nome: Instituto Benjamin Constant, que está localizado no Rio de Janeiro).
1926 – Instituto São Rafael, Belo Horizonte – MG;
1928 – Instituto Padre Chico, São Paulo – SP;
1929 – Instituto dos Cegos da Bahia, Salvador – BA;
1941 – Instituto Santa Luzia, Porto Alegre – RS;
1943 – Instituto de Cegos do Ceará, Fortaleza – CE;
1946: Fundação para o Livro do Cego no Brasil 9Atualmente, se chama Fundação Dorina Nowill para Cegos).
1957 – Instituto dos Cegos Florisvaldo Vargas, Campo Grande – MS."
(Fonte: [2] )

A partir dos anos 1980, começaram a surgir os cursos de capacitação para atendimento dos deficientes visuais, salas de recursos e associações de pais e amigos de portadores de deficiência visual.

Atualmente, o modelo vigente é o de “educação inclusiva”, no qual o estudante cego frequenta escolas regulares, juntamente com estudantes sem necessidades especiais -e, no turno oposto ao das aulas regulares, conta com o apoio de professores e monitores especializados e salas de recursos que auxiliem no atendimento de suas necessidades. No entanto, nota-se uma escassez de recursos humanos devidamente capacitados e de recursos tecnológicos para atender toda a demanda de estudantes com tais necessidades.

Formulou-se a ideia de que o conceito de sociedade inclusiva é algo que deve ser desenvolvido de ambas as partes - tanto por parte dos portadores de necessidades especiais quanto por parte dos indivíduos que não as possuem. Ambas as partes interagem, de forma a aprenderem a lidar com as diferenças - algo que, historicamente, as pessoas sempre tiveram dificuldades para lidar, conforme atestam documentos históricos e relatos. Da mesma forma, o conceito de educação inclusiva atual não é um modelo de educação destinado apenas aos portadores de necessidades educacionais especiais - mas sim a todos os membros da instituição educacional, no qual todas as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizagem vão aprendendo a lidar com a diversidade humana, e enriquecendo cada vez mais nesse maravilhoso desafio! :-)

O que podemos concluir é o seguinte: houve bastante evolução, no modo como os deficientes visuais vêm sendo tratados pela nossa sociedade e , de fato, houve alguma evolução na legislação e nos métodos de ensino. Entretanto, muito ainda falta para ser feito de forma que a plena inclusão destas pessoas venha a se concretizar - tanto na educação quanto nas atividades cotidianas em geral. A data de 13 de dezembro é, portanto, uma ótima oportunidade para refletirmos sobre isto... mas, como afirma uma pessoa ex-deficiente visual que conhecemos, "Dia do Deficiente Visual, na prática, deveriam ser todos os dias do ano - nos quais as pessoas, com conscientização e simples atitudes no cotidiano, vão somando forças para que torne a vida do portador de necessidades especiais menos limitada e penosa".


Quer ler mais?

[1]Depoimentos de deficientes visuais
http://revistatpm.uol.com.br/print.php?cont_id=1612
[2]A Deficiência visual e sua historicidade na Inclusão- Por Luciene Moris da Silva Santos
http://www.infoeducativa.com.br/index.asp?page=artigo&id=159
[3] http://www.deficientesvisuais.org.br/
[4]http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1635503-15605,00-BONE+INTELIGENTE+AJUDA+CEGOS+A+DESVIAR+DE+OBSTACULOS+NA+RUA.html


Créditos das imagens utilizadas neste post
[I] rebolinho.com.br
[II] vidaemsociedade-sa.blogspot.com

[III] educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com
[IV] prodam.sp.gov.br
[V]nosrevista.com.br
[VI] orelhasquentes.blogspot.com
[VII]mp.se.gov.br


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Mais sugestões de leitura... e novas ideias!

Olha nós aqui de volta!!!! Hehehe!!! Trouxemos para você, leitor (a), sugestões de leitura de blogs e sites interessantes sobre a questão das necessidades especiais. É só dar uma navegada pelo canto direito da página principal deste blog, e... "voilà" !!! :-) Como você poderá ver, são blogs e sites que tratam dos diversos tipos de deficiência: visual, auditiva e motora. Os blogs que sugerimos para leitura, são em sua maioria escritos por pessoas que possuem algum tipo de deficiência.

Aí você certamente irá se perguntar: "uê, mas o Sopa de Números na Educação Inclusiva" é um blog sobre Educação inclusiva!!! O que tem a ver essas indicações de leitura com o tema principal do "Sopa" ?

Oras, meu caro leitor, tem TUDO a ver!!! Embora vários desses blogs indicados não falem necessariamente e explicitamente sobre Educação - mas sim sobre a situação do deficiente no dia-a-dia - , ele ajuda os leitores a entenderem - e muitoooo!!!- a realidade vivida por essas pessoas... e que, não raro, acaba por interferir diretamente na educação destas. Você, que se interessa pelo tema da Educação Inclusiva (e, por isso, lê o "Sopa"!!!) , já parou para pensar como é o estado psicológico/emocional de uma pessoa com necessidades especiais (PNE) , frente as suas atividades (entre elas, o estudo)? Pode ser que esse estudante PNE seja uma pessoa que aceita sua condição e supera suas dificuldades numa boa - seja por ter bastante força psicológica pessoal, seja por ter o apoio da família e amigos; mas pode ser também que esse estudante seja um indivíduo inconformado com a situação, e/ou que não recebe compreensão adequada das pessoas que o cercam. Pode ser que um PNE , mesmo com o apoio e carinho das pessoas que o cercam, tenha uma certa inconformidade e/ou desgaste psicológico diante das intermináveis consultas médicas (principalmente se adquiriu a deficiência depois de adulto)... ou diante de tentativas de reversão da deficiência que fracassam... ou diante das limitações para fazer suas atividades e ter de depender dos outros para executa´-las... ou seja por ser um estudante que já tem um histórico de repetidos fracassos escolares, devido à falta de material didático adaptado às suas necessidades educacionais (e também por falta de preparo adequado dos professores...) enfim, as situações enfrentadas por um aluno PNE, muitas vezes, acabam por interferir na maneira como essa pessoa formula suas impressões a respeito do mundo que o cerca - e, por "efeito dominó", podem interferir, de certa forma, nos seus resultados acadêmicos. Muitas vezes, vemos estudantes PNEs extremamente inteligentes - mas que, por razões psicológicas motivadas pela sua deficiência, acabam por não expressar todo o seu potencial!!! :-O

Sendo assim, acompanharmos os relatos de pessoas com necessidades especiais no que se refere ao cotidiano - e tentarmos compreender as suas mentes- é de vital importância para um educador ou para um licenciando!!! É que, dessa forma, ao lidarmos com um estudante PNE, poderemos desfazer possíveis bloqueios de aprendizagem oriundos da situação psicológica de um aluno nessas condições - e, assim, contribuirmos para fortalecer sua auto-estima, confiança e fazê-lo acreditar que é possível superar barreiras! :-)

Calma, não é todo estudante PNE que possui barreiras psicológicas ao aprendizado!!!! Felizmente, tem aqueles que são, digamos, "bem-equipados" emocionalmente - apesar das dificuldades enfrentadas por um PNE na sua vida acadêmica e pessoal. Mas tem aqueles que precisam de uma "mãozinha" extra para se tornarem hábeis em contornar e superar as barreiras cotidianas! ;-) Então, caro leitor, mãos a obra! :-)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"Dançando no Escuro"

Este é o nome sugestivo do blog que nossos colegas de uma outra equipe, que também estão cursando a disciplina Comunicação e Expressão, fizeram. Tal como nós, fizeram o blog como atividade avaliativa da referida disciplina.
O blog deles fala sobre Deficiência Visual, Braille e sobre as Tecnologias Assistivas que atualmente estão no mercado -com foco nas tecnologias assistivas digitais.
Vale a pena conferir o link para o referido blog, no canto direito desta página... tá na lista de sites e blogs interessantes que recomendamos! :-)
Boa leitura! :-)